sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Rede Escolar de Técnicos Sociais
Na sequencia da reuniao realizada na Direcção Regional de Educação do Algarve, venho por este meio dar a conhecer a Página WEB da REDE ESCOLAR DE TÉCNICOS SOCIAIS DO ALGARVE - http://retsdoalgarve.blogspot.com - e enviar um pequeno texto para divulgação do projecto da Rede na Página WEB da Licenciatura em Educação Social da Universidade do Algarve. Muito obrigado.
Texto:
"A Rede Escolar de Tecnicos Sociais do Algarve é um projecto criado a 22 de Setembro de 2008 na Escola Secundaria Dra. Laura Ayres, em Quarteira. A ideia é promover o trabalho em parceria junto das instituições ligadas à área social na região do Algarve. A finalidade é chegar aos alunos, no sentido de apoiá-los na sua inserção profissional junto do mercado de trabalho, assim como no prosseguimento de estudos superiores. Um dos principais objectivos é sensibilizar a comunidade para a importância das competências profissionais do técnico social. Para conseguir estes intentos, promoveremos o intercâmbio de projectos, actividades e informações entre as escolas da região, com cursos na área social. Pensamos assim aproximar as escolas e os alunos das instituições que trabalham a área social, ao mesmo tempo que convidaremos essas mesmas instituições a colaborar na formação escolar e profissional dos nossos alunos. Neste processo, ja foi criado um espaço web -http://retsdoalgarve.blogspot.com - e no dia 7 de Maio de 2009, realizaremos o "I Encontro Regional da Rede (...)", no auditório da Escola Secundaria Dra. Laura Ayres, onde iremos ter a presença de várias entidades parceiras e onde iremos partilhar, debater e avaliar o trabalho realizado até então. Para mais informações, poderá contactar o professor coordenador da Rede: Dr. Jorge Humberto Dias - email: jorge.dias@esla.edu.pt."
Fim do texto
Sem mais assunto de momento, enviamos os nossos melhores cumprimentos,-- Dr. Jorge Humberto DiasESLA - Algarve - PortugalDirector de Curso - Acção SocialOrientador de EstágiosCoordenador da Rede Escolar de Técnicos Sociais do AlgarveURL: http://retsdoalgarve.blogspot.com
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Emprego para gestor de projectos
O processo de recrutamento compreende as seguintes fases: apreciação das candidaturas, selecção para entrevista, entrevista e selecção final.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Curso de Iniciação à Linguagem Gestual
- História da Língua Gestual
- Alfabeto
- Números
- Cores
- Família
- Meses do ano
- Divisões da casa
- Cumprimentos
O curso tem o valor total de 175€ (25€ de inscrição + 30€/mês). Se ainda não o fez, é necessário enviar fotocópia do B.I. e do cartão de contribuinte, assim como o pagamento referente à inscrição (25€) até dia 5 de Fevereiro, de modo a garantir a sua inscrição. Poderá fazer o respectivo pagamento dirigindo-se pessoalmente à Associação TEMPUS, enviando um cheque à ordem de Associação Tempus, ou por transferência bancária para o NIB 0010 0000 39297300001 67, enviando-nos o comprovativo do pagamento por fax (n.º 289 721 622) ou através do email associacaotempus@gmail.pt.
Aos alunos do 2ºano do Curso de Educação Social
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Socializar por aí...
“A primeira condição para se escrever com estilo é ter alguma coisa para dizer”, esta citação é atribuída a Arthur Schopenhauer, filósofo alemão do séc. XIX que ficou mais conhecido pelo seu pessimismo. Ora eu não sou capaz de escrever com estilo, mas sou capaz de tentar expressar o meu sentimento relativamente à cidade que me viu nascer. Eu sou de Faro, a terra do meu pai, a terra dos meus irmãos, a terra dos meus filhos. É verdade, nasci em S. Francisco, mesmo junto à Vila-a-Dentro, a cidade que os árabes vão reconstruir, sob o comando de Al -Yamani, já lá vão cerca de mil e duzentos anos. Faro é uma cidade com uma História riquíssima, que antes de ser Faro já foi santa Maria de òssonoba, santa Maria Ibn Harun. Já no tempo de D. Afonso Henriques, segundo reza a História, Al-Idrissi, geógrafo árabe ao serviço do Rei de Palermo, em visita de espionagem ao Gharb, descrevia a cidade de Santa Maria do Ocidente como de tamanho mediano e muito bonita onde o mar batia nos seus muros. E houve invasões e Ossónoba continuou a ser a mais importante localidade do extremo sudoeste da Península Ibérica. E depois, em 1249 Faro é conquistado por D.Afonso III, que lhe outorga Carta de Foral em 1266 e a faz cercar de fortes muralhas. E houve mais invasões, em 25 de Julho de 1596 quase foi destruída pelo conde de Essex e pelos seus três mil homens, no séc. XVIII voltou a sofrer com os terramotos de1722 e de 1755. E como se não bastasse, em 1808 foi ocupada pelas tropas de Napoleão, comandadas por Junot, mas a exemplo de muitas outras povoações do Algarve, revoltou-se e expulsou o invasor. Esta é a nossa cidade, capital do Algarve que está no coração de todos os farenses. Para Kierkergaard, filósofo dinamarquês do século XIX, conhecido como"pai" do existencialismo, a vida só pode ser compreendida olhando para trás; mas só pode ser vivida olhando para a frente. Nós, farenses, estamos apostados em andar para a frente, mas sem esquecer um passado do qual muito nos orgulhamos. Há que elevar a nossa auto-estima e homenagear todos os farenses que ao longo dos séculos têm amado e sofrido por esta cidade, quer tenham nascido em Faro quer tenham adoptado esta cidade como sua. Foi nesta cidade onde nasci que me fiz pessoa, foi no largo de S.Francisco, onde passei grande parte da minha infância, que aprendi a sentir os cheiros da maresia e a ver as primaveras a nascer. Já passaram algumas décadas e ainda consigo imaginar como era o Largo de S.Francisco, com o movimento de militares no R.I.4 e os desafios de futebol, chegava a haver 5 jogos em simultâneo. Ao escrever este texto, ao recordar o passado, as pessoas da minha terra, as brincadeiras, o largo de s. Francisco, o cais neves pires, o cais novo, a doca, a ponte, a Sé, a escola, o liceu, o campo dos blocos, o campo dos marinheiros, estádio de S. Luís, a RAF, o Farense, os bairros de São Pedro, Alto Rodes, Alto da Caganita, B. João, S.Luís, os Moinhos, as Pontes de Marchil, a Praia de Faro, o Montenegro, sinto-me contagiado por uma alegria própria de quem AMA a sua Terra. Viva Faro.
Na minha cidade há um poema em
cada viela, praça, rua, beco,
avenida, alameda. Em cada canto,
em cada olhar. Nas montras, nos reclamos
luminosos. Um verso explode nos
carros, nos autocarros, nos comboios.
Há um poema porque há vida.
Há gente que nas mãos traz o futuro,
traz o sonho, a esperança, o sentimento.
(Xavier Zarco)
Esta crónica foi lida no programa de 15/1/09 pelo Prof. Joca
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Mensagem do frio
É ela, pois, nos EUA!
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Informação aos estudantes
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Crónica da Rua
UM CHALÉ NA PRAIA DA ROCHA
O campeonato do mundo de futebol, em Inglaterra, já lá ia há muito. Todos se lembravam do jogo contra a Coreia, que Portugal tinha ganho por cinco a três, depois de estar a perder por três bolas a zero. E do Eusébio, que marcava os golos e imediatamente retirava a bola do fundo das redes. A televisão era a preto e branco nessa altura. E o país também, muito mais preto do que branco.
Para eles, que eram todos jovens, brancura, só mesmo no Natal: nas geadas da manhã, quando acordavam, nas neves de que ouviam falar aos seus amigos serrenhos de Monchique e nos algodões alvos, das decorações do presépio. Sim, neste tempo o Pai Natal não existia, ainda não tinha sido inventado pelo comércio das bugigangas dos centros comerciais. Só o Menino Jesus tinha o direito de vaguear pelos sonhos dos meninos e, esse, só descia pelas chaminés noite dentro, na madrugada de 25 de Dezembro. Era pouco o que deixava. Um copo de plástico e uma laranja foi o que o Zezé ganhou, nesse ano. Às vezes, lá deixava uns bombons da Regina, umas peúgas de lã ou um prato de filhós de batata-doce e chocolate.
Nessa noite saíram em grupo do bairro industrial sujo e frio, alagado em água salgada e marismas, onde viviam desde que nasceram, ali perto da fábrica de conservas. Em bando e esfriados, percorreram os poucos quilómetros que os separavam da Praia da Rocha, paraíso da alta burguesia da cidade. Estavam agasalhados com blusas de lã, refeitas de outras velhas blusas já usadas e casacos coçados dos pais, que lhes cobriam as pernas. Entre as poucas ruas da urbe, tentavam orientar-se timidamente, junto dos chalés de telha preta e janelas de veneziana. A algumas casas era difícil aceder, pois estavam rodeadas de gradeamentos de ferro encimados por espigões, ou guardadas por cães esquisitos, desenhados nas fronteiras das entradas.
Nunca nenhum deles tinha feito semelhante coisa. Não tinham experiência alguma, mas a leveza do prato de caldo verde no estômago, a curiosidade e o advento de uma adolescência presumivelmente escura e sinuosa, levou-os a decidir. Escolheram uma casa de dois andares e pátio de fácil acesso. A porta era de cor castanha e de aspecto pesado e tinha, no centro, um batente circular, de ferro. Olharam à volta, a noite de Janeiro estava escura, não se via vivalma e, sem barulho, avançaram todos para a porta. A calma era convidativa e o breu da noite ofuscava deliberadamente os seus rostos. De repente, no silêncio ressonante da noite, surge uma melopeia sentida e tristonha, como que vinda do além:
Esta noite é de Janeiras,
É de grande merecimento.
Por ser a noite primeira,
É que Deus passou tormento.
Ensaiada e límpida, a voz do ponto viu-se acompanhada, de imediato, por todo o coro: putos de mãos nos bolsos e boinas de feltro na cabeça, que contavam a história de Cristo, menino como eles, e que rogavam pedidos complacentes aos donos da casa:
Senhora que estais lá dentro,
Deixe-se estar que está bem.
Mande-nos dar a esmola
Por essa filha que aí tem.
Janeiras cantadas, nervosismo aliviado, a resposta da casa, desta vez, tardou. De dentro do chalé fino não surgia qualquer indício de presença humana, nem luz nem vozes. Poderiam estar a dormir, mas era ainda cedo na noite de sono. Mas, se havia um batente de ferro, o melhor seria retinir um som suave na porta da casa. O barulho do ferro a malhar ecoou na noite escura e silenciosa. E ninguém respondeu. Tudo ficou na mesma e o desalento, pela experiência frustrada, começava a ensombrar os rostos dos putos. E foi nesse momento que um dos amigos reparou. Sobre o batente, bem ao meio da larga porta, estava pendurado um arranjo de azevinho e papel de lustro, em formato de coroa. Ausentes de casa, os donos não quiseram deixar de felicitar e de agradecer aos visitantes, em noite tão sagrada e solitária.
Os miúdos desconheciam a mensagem do arranjo de Natal na porta. No seu bairro, nunca tal tinham visto. Até que um deles chamou a atenção para uma eventual morte. E, pensando que tinha morrido alguém em noite tão adventícia, fugiram amedrontados, para bem longe da casa assombrada. Refugiaram-se, o resto da noite, no seu bairro. Até um dia, em que um lençol de areia cobriu o antigo espaço das casas, transformando o bairro em porto comercial da cidade.
Hoje, esta história de Natal deve ser uma das suas boas memórias desses tempos de infância.
***
Helder Faustino Raimundo
Novembro 2008
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Socializar por aí...
Mensagem para 2009
O Director do Curso