quinta-feira, 28 de maio de 2009

Seniores em segurança

Como aposta na Saúde, na Segurança e na Prevenção, dos munícipes do Concelho de São Brás de Alportel, a Junta de Freguesia deste Concelho e a Universidade do Algarve, uniram esforços para a realização de um Projecto, denominado “Seniores em Segurança”.
Após uma Acção de Formação em Primeiros Socorros, ministrada pelos Bombeiros Voluntários de São Brás de Alportel a 30 seniores, eis chegado o momento de se avançar para a 2ª Fase deste Projecto, que consiste na dinamização de Sessões de Esclarecimentos, subordinadas a temas variados que serão apresentados por especialistas convidados.
Deste modo, vimos por este meio partilhar toda a informação e convidar a todos os interessados, a estarem presentes nas sessões agendadas para os meses de Junho e Julho.
Mais informamos que a entrada é gratuita e confere o direito a documentação e a certificado de participação.
Solicitamos a vossa colaboração na divulgação das várias sessões e do respectivo programa junto dos vossos contactos.
Pedimos ainda a vossa compreensão e agradecemos que os interessados nos comuniquem via e-mail ou por telefone (abaixo referidos), a sua presença, pois por questões de logística as inscrições, embora gratuitas, são limitadas.
Para efeitos de divulgação e para que se possam organizar de forma a podermos contar com a vossa presença, remetemos, em anexo, as datas e conteúdos das várias sessões.
Com os melhores cumprimentos,
A Coordenação do Projecto “Seniores em Segurança”,
Ircília Pereira (Lia) - Contactos: 918198733 / lia.martins.pereira@gmail.com
Junta de Freguesia São Brás de Alportel - Contacto: 289842174
Suzel Marcos - Contactos: 914904571 / suzelmarcos@gmail.com
Universidade do Algarve



quinta-feira, 21 de maio de 2009

A D´Agir em parceria organiza...

Sessão de Encerramento do Curso de Formação de Tecnologias de Informação e Comunicação

A entrega de diplomas contou com a presença de Alberto Melo, Director Regional do IEFP.
Decorreu ontem, dia 19, a Sessão de Encerramento do Curso de Formação de Tecnologias de Informação e Comunicação organizado pela Associação D’Agir, que teve como objectivo dar resposta às necessidades de um grupo de adultos de Quarteira que manifestaram necessidade e interesse em aprender e aprofundar os seus conhecimentos na área das TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação). Após cinco meses de emprenho, responsabilidade e sucesso, as 30 formandas estão de parabéns. São as protagonistas desta formação e souberam aproveitar da melhor forma esta oportunidade que a D’Agir (Associação de Desenvolvimento Comunitário), juntamente com a FDTI (Fundação para a Divulgação das Tecnológicas de Informação) e a Escola E. B. 2, 3 D. Dinis de Quarteira, lhes proporcionaram. Fernanda Duque, elemento integrante e dinamizador da D’Agir e que fez tudo para a concretização desta acção, manifestou a sua grande alegria e contentamento por esta formação se ter concluído de forma tão positiva, sem ter havido qualquer desistência por parte das formandas.“Competente, profissional e empreendedor”, assim Fernanda descreve o delegado regional da FDTI, José Mendinhos, agradecendo-lhe e esperando que esta parceria se mantenha para a realização deste tipo de acções. O delegado, surpreendido de forma positiva, pois chegou a achar no início que iriam haver algumas desistências por parte das formandas, deixou a mensagem que todo este processo e formação foram apenas uma pequena semente. Pela experiencia já adquirida é da sua opinião que as formandas pensem e tencionem continuar neste caminho de formação pessoal. “A educação e formação é constante e por isso é importante manter uma continuidade neste tipo de formação”, mencionou.Infelizmente as verbas que a FDTI dispunha para o corrente ano já foram destinadas e por isso neste momento já não há como investir em formações deste aspecto neste ano. O que o José Mendinhos garantiu é que a FDTI vai continuar, em parceria com o IEFP, a promover acções. Não serão elas do mesmo nível de financiamento que a decorrente, pois esta foi 100% financiada, sendo que as formandas receberam até pequenos subsídios de participação. Ora assim sendo outras formações que poderão ocorrer e que o FDTI poderá organizar caso haja interesse nelas, implicarão já um investimento da parte das formandas.O delegado regional frisou ainda que cada formanda presente iria receber juntamente com o diploma um vale de desconto de 20% para os cursos que têm disponíveis.Sem poder deixar de parte, a educadora social salientou ainda a importância da professora Vânia que teve um papel fulcral em toda esta formação, pois soube estar com as formandas e trabalhar não para elas, mas com elas. Segundo Fernanda, a professora não se dedicou a despejar a matéria, mas a ensiná-la, tendo o cuidado de dar maior apoio a quem mais dele necessitava. “Foi fantástica a forma como as soube valorizar e ajudar a desenvolver as suas capacidades e competências”, referiu.A professora confessou que no início sentiu-se receosa. Mas que com o decorrer do tempo se foram criando laços bons e de amizade o que ajudou sem dúvida ao sucesso desta formação.Os agradecimentos estenderam-se à professora Sérgia, presidente da Comissão Executiva Instaladora da Escola E. B. 2, 3 D. Dinis de Quarteira, que cedeu o espaço, mostrando-se sempre disponível em ajudar. Dirigida às formandas, a presidente realçou a importância da formação hoje em dia, apelando à não desistência de uma contínua formação que na sua opinião deve ser mantida.De grande relevo foi a presença do director regional do Algarve do IEFP (Instituto de Emprego e Formação Profissional), Alberto Melo, que apesar de não estar directamente envolvido nesta acção que decorreu nos últimos meses, ele foi a alavanca de todo este processo, como considerou Fernanda. “Vou atrever-me a considerá-lo assim como o homem que descobriu o caminho para o desenvolvimento local do interior algarvio, o responsável pela criação de inúmeras associações e empresas de desenvolvimento local, especialista na área da educação de adultos. Escritor, colaborador de várias revistas da área, conferencista. (…) Outra qualidade que o caracteriza, a qual muito aprecio é a forma como está com as pessoas, de forma natural e humilde”. Foi esta a descrição feita do director regional pela educadora social.“Senti que havia aqui um momento muito especial e excepcional na educação de adultos em Portugal”, referiu.Esta vontade de aprender acaba por se transformar num vício, comenta o director, referindo que quanto mais se aprende mais se vai querendo aprender, mais perguntas vão suscitando. Este processo, na sua opinião, e dado factos já experienciados, faz com que pessoas que enveredam por este caminho se sintam transformadas e renascidas, ocupando o lugar de “actor/protagonista”, com capacidades de “criar coisas”, e mantendo um lugar na sociedade.Alberto Melo é um defensor de que a aprendizagem se faz ao longo de toda a vida. Neste sentido ele relembra que dado o momento de crise pelo qual se está a passar, “serão as pessoas mais qualificadas e com melhores competências, que melhor se defenderão”. Ainda referente à necessidade de aprendizagem, o director regional relembrou que tal como antigamente com o aparecimento da imprensa se fez notar o tamanho analfabetismo que havia, sendo prioritário alfabetizar a sociedade. Hoje em dia ocorre o mesmo com a informática, sendo este um meio essencial a todo a população. Desta forma, a entrega dos diplomas foi feita com grande contentamento e prazer, seja por parte das formandas, seja por parte dos representantes presentes.
A cerimónia terminou com um pequeno lanche de comemoração.
*
Para ler artigo e ver as imagens clicar aqui.

A Associação D´Agir ainda respira...


Sessão de Encerramento do Curso de Formação de Tecnologias de Informação e Comunicação

Semana de África


segunda-feira, 18 de maio de 2009

Oferta de emprego

Venho por este meio publicitar uma oferta de emprego no Projecto Construir o Futuro (financiado pelo IDT e promovido pelo ISU) para a função de Técnico de Reinserção, onde actualmente trabalho. Estamos a precisar urgentemente de um técnico. Junto envio o perfil exigido para a função.
Caso estejam interessado por favor enviem e-mail com o vosso cv. Caso necessitem de mais informações contactem o número abaixo indicado.

Paula Caria

PERFIL – TÉCNICO DE REINSERÇÃO

Requisitos:
- Experiência com toxicodependentes (Obrigatório)
- Experiência com populações desfavorecidas/em exclusão
- Experiência de trabalho de rua
- Gosto pelo contacto/estabelecer relações com o outro
- Conhecimentos sobre intervenção comunitária
- Licenciatura nas ciências sociais

Área de intervenção: Apelação, Camarate e Unhos
População alvo: Indivíduos com uso/abuso de substâncias psicoactivas
Função: Técnico de reinserção para trabalhar especificamente a empregabilidade dos utentes - técnicas de procura de emprego, apoio na procura de emprego e formação, organização de actividades outdoor e workshops e mini-cursos, desenvolvimento de competências sociais e pessoais, contactos com empresas (sensibilização de empresários), emprego apoiado, etc.
Contactos: construirofuturo.isu@gmail.com / 969982501 / Coordenadora Paula Mendes

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Grupo Amador de Dança Oriental de Fusão do Núcleo do Algarve do IPFP - Akhawat Al Raks

O Grupo de Dança Shimmy Shimmy fundiu-se com o Grupo de Dança Badra e desta fusão surgiu o Grupo de Dança Akhawat Al Raks - Irmãs de Dança.
O grupo estreia-se pela 1ª vez em Portimão no dia 31 de Maio, numa peça de teatro organizada por uma turma do curso de Animação Turística desse Campus Universitário.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Apresentação do Livro Desarrolo Comunitario y Educación

Dia 22 de Maio pelas 15,30 h terá lugar no Anfiteatro Paulo Freire da ESEC a apresentação do livro “Desarrollo Comunitario y Educación”, da autoria do Prof. António Fragoso de Almeida.
O livro será apresentado pelo Prof. Emilio Lucio-Villegas, da Universidade de Sevilha.

Gotinha de orvalho

A Madrugada clareou…
E o primeiro raio de sol despontou,
Horizonte fora…
Dando alma ao novo dia que acordou!...

Suavemente, uma gota de orvalho deslizou,
Da pétala que a abrigou,
Até ao romper d’aurora…
E com ela sonhou!...

Mais raios de sol despontaram,
Brilhantes, reluzentes,
Acariciando o jardim,
Que outrora foram sementes!...

E a gota de orvalho,
Para onde foi a encantadora?
…Vaidosa, redondinha,
A eterna sonhadora!...
Talvez tenha esvoaçado,
Que nem uma borboleta,
Que ora pousa num malmequer,
Que ora se veste de violeta!

Mas ela não se perde,
Vai e volta ao entardecer,
Quando a aurora retornar,
…e de saudade se embevecer!...

No crepúsculo das cores,
Que se confundem no horizonte,
Ela se vem deitar novamente,
Juntinho à sua fonte!...

No seu jardim de pétalas,
De sonho e fantasia,
A gotinha de orvalho se deleita,
No seu universo de maresia!...

E a viagem da pequena gotinha,
Que vai e torna a voltar,
Sem nunca desistir,
Até o seu sonho realizar!...

Fernanda Duque
(lic. em E.I.C.)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Núcleo Paulo Freire


Núcleo do Algarve do Instituto Paulo Freire de Portugal

Dia 18 de Maio - das 19H às 20H na ESEC

III Clube do Pensador

Venha descobrir a história de um carteiro e a sua relação com o famoso poeta Pablo Neruda com “O Carteiro de Pablo Neruda”!

Esta é mais uma actividade do Núcleo...compareçam!

Workshop de Programação de Música e Som

Workshop de Programação de Música e Som no Conservatório do Algarve

O Conservatório Regional do Algarve Maria Campina (CRAMC), em parceira com o formador Paulo Machado, promove a realização do Workshop de iniciação ao MAX/MSP, que terá lugar no CRAMC nos dias 16 e 23 de Maio.
O Max/MSP é uma linguagem gráfica de programação para música e som, onde os programas são criados utilizando objectos gráficos que proporcionam um processo mais intuitivo de desenvolvimento e não recorrendo a instruções (comandos em texto) como é usual na programação, podendo-se criar programas (patches) para compor, improvisar, tocar ao vivo e processar efeitos, por exemplo.
Entre os conteúdos propostos destacam-se a criação de um sintetizador e de sampler’s.
O workshop terá a duração de 10 horas, repartidas pelos 2 dias de trabalhos e os formandos terão de possuir como equipamento pessoal um computador portátil pessoal, MAC ou PC, e auscultadores. O formador também fornecerá material didáctico específico como um manual digital do curso e ficheiros de todos os exemplos estudados.
Recorde-se que o custo para o workshop é de 100 € por formando e além dos contactos habituais do Conservatório Regional do Algarve, através dos telefones 289 870 490 e 96 95 30 263 ou pelo Fax 289 872 286, pelo endereço de correio electrónico cramc@mail.telepac.pt ou ainda no próprio local, sito na Avenida Dr. Júlio Filipe Almeida Carrapato, nº 93 em Faro, entre as 09 e as 12 horas e as 14 e as 19 horas, os interessados poderão contactar directamente o formador, Paulo Machado, por intermédio do endereço de correio electrónico pathfinder.pm@gmail.com .

1ª Semana do Bebé

A ARS Algarve, IP através do Grupo de Apoio à Saúde Mental Infantil do Centro de Saúde de Olhão (ACES Central) está a organizar a "1ª Semana do Bebé do Concelho de Olhão", que irá decorrer entre os dias 19 e 25 de Maio do corrente ano, com o apoio da Câmara Municipal de Olhão e de vários parceiros da comunidade local.
Esta semana pretende promover uma parentalidade responsável, promotora da Saúde Mental Infantil, procurando envolver toda a comunidade e os diferentes serviços de apoio nesta área.
Durante esta iniciativa irão decorrer várias actividades gratuitas, nomeadamente um Seminário "Conversas Sobre Mim", que requer inscrição.

Aceitam-se voluntários

Para mais informações consulte http://www.arsalgarve.min-saude.pt "

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Visita de Estudo a Sevilha

Informa-se tod@s @s alun@s do Curso inscritos que a partida para Sevilha, no dia 19 de Maio, está marcada para as 8,00 h.
Junto se anexa o texto enviado pelo Professor Emilio Lucio-Villegas:
La Cátedra Paulo Freire en la Universidad de Sevilla y la Asociación de Mujeres Nosotras de Parque Alcosa le invitan a la primera actividad del Ciclo: Como leí a Paulo Freire que tendrá lugar el próximo día 19 de Mayo a las 17,00 horas en el Salón de Actos del Centro Civico de Parque Alcosa, Avda. Ciudad de Chiva s/n con la siguiente estructura:
1. Presentación del ciclo
2. Como leí La educación como práctica de la libertad. António Fragoso, profesor de la Universidad del Algarve (Portugal)
3. Teatro do Oprimido: uma experiencia en el Algarve. Vânia Martins, licenciada en Educación e Intervención Comunitaria y Catarina Bernardino, estudiante de Educación Social.
4. Presentación del libro "Participar Participando. Actas del II Seminario Estrategias Participativas y Educación de personas adultas" a cargo de miembros de la Asamblea de Vecinos San Bernardo 52.
Descanso
5. Representación la obra La educación te libera por el Grupo de Teatro de la Asociación de Mujeres Nosotras
6. La práctica de la Educación como práctica de la libertad: La alfabetización en Nicaragua. Sebas Parra, Instituto Paulo Freire de España.

Seminário - Aprender com a diversidade

Reflexão individual

No âmbito da unidade curricular de Educação Intercultural e do Seminário A construção do “Nós” na comunidade educativa: “Aprender com a diversidade”, organizados pelos docentes Cláudia Luísa, Joaquim Arco e Teresa Vitorino e apresentado pela Dra. Isabel Paes, representante e colaboradora da “A.C.I.D.I.”, cumpre-me agora como discente efectuar um exercício de reflexão, sobre o mesmo.
O tema e a problemática só por si, já são por demais interessantes e pertinentes, pois numa sociedade e mundo “globais”, marcados pela diversidade, pela diferença, pela pluralidade de socioculturas, e sejam elas: religiosa, politica, educacional, sexual, ética, etc. …é prioritário e imprescindível (atrevo-me a dizer), que se construam condições e processos identitários socioculturais diferentes, capacitantes de respeitar as diferenças dos indivíduos e das comunidades, promovendo a sua integração e a permuta recíproca de valores, saberes e aprendizagens, sem a subtracção ou anulação das mesmas. Através dos episódios, experiencias e saber partilhado, pela Dra. Isabel Paes neste Seminário no âmbito da educação, vemos que tudo isto é possível e concretizável. Pois em educação e na comunidade educativa - que somos todos “nós”; não existem pirâmides hierárquicas e de poder, todos somos responsáveis, contributos e contribuímos para a progressão, crescimento, valorização e melhoramento da mesma.“Aprender juntos é essencial”. Factor importante e decisivo porém, são as pessoas e as comunidades se encontrarem disponíveis e envolvidas, com vontade pessoal, individual e social, para a construção de projectos de vida, de percursos autónomos e de crescimento em comum. A mudança de paradigma, nada se pode impor na construção de um “Nós”, temos que dar-“Nós” e adaptar-“Nós”. Ao fim ao cabo, é a resposta para enfrentar o desafio da diversidade: a Adaptação.
A construção do “Nós”, num mundo plural e em mutação constante, onde a permeabilização e mobilização das pessoas, é uma realidade constante e quotidiana. Daqui resulta, não ser suficiente incluir, como também necessário integrar, com participação e envolvimento activo e pessoal. Quando se inclui e integra, valorizamos a diversidade, a permuta do saber partilhado numa linha horizontal. Onde todos os intervenientes em educação, sejam eles professores, auxiliares da acção educativa, alunos, pais ou encarregados de educação, todos são igualmente importantes e todos deverão estar envolvidos e “ajudar” na dinâmica da aprendizagem, através da “dialogicidade” de diferentes lógicas, maneiras de estar e sentir. Não posso deixar de referir, que achei curiosas as observações/respostas dadas à Dra. Isabel Paes, no seu trabalho de campo. Passo a citar: “...a escola ensina aqueles que já sabem aprender...” proferida por um aluno duma escola da Buraca, onde decorria um projecto de intervenção social; “...que os professores saibam ouvir e que ouçam os alunos...” proferida por uma menina, filha de um professor na ocasião de uma “Oficina Aberta” na Moita.
Estas frases, levaram a Dra. Isabel Paes a reflectir e constatar que, muitas vezes ocorre um “desaprender” e são notadas e descobertas “faltas ou ausência” da prática de competências, por parte dos agentes de educação – professores; e que noutras ocasiões é-nos difícil ouvir os outros... portanto deduz que, seria impossível aprender com aqueles que não ouvimos...Daqui a importância do trabalho de grupo, do respeito pela diferença e até, pela convivência com a incompatibilidade. Envolver a escola e todos os seus actores, nos processos e projectos – Entrosamento a nível de projecto educativo; é pôr em prática a construção e a aplicabilidade do “Nós”- a mudança de pensamentos. Este sim pode ser considerado o maior desafio: trabalhar com as mudanças sociais, a remoção de barreiras.
Interessante, foi também a dinâmica promovida no seminário, sobre a Identidade e o processo de Cultura, onde fomos todos convidados a reflectir em pequenos grupos e a expor as conclusões. Expondo a “bagagem interior”que cada um transporta consigo, sem que o outro veja ou se aperceba...e a proposta de cada um trabalhar dentro de si e em si, o choque cultural em termos de valores, mergulhando no “iceberg”, ou seja, naquilo que não se vê! A constatação, de que a aprendizagem Intercultural só é útil, quando assume e infere carácter transformador do Eu e do Nós, aumentando conhecimento, construindo competências, rejeitando todas e quaisquer formas de discriminação, promovendo processos de auto-exame, autonomia, equidade e participação. Acrescento ainda com carácter relevante, a descrição e elencamento das competências para a comunicação Intercultural, donde e após várias leituras e reflexão, não consigo destacar nenhuma no essencial, pois só o seu conjunto, faz sentido como ferramenta a possuir e utilizar, quando nos dispomos a contribuir para a mudança de atitudes, perspectivas e mentalidades, visando a Educação para todos, uma responsabilidade do “Nós”. A educação é um processo construído pela relação tensa e intensa entre diferentes sujeitos, criando contextos interactivos que, justamente para se conectar dinamicamente com os variados contextos culturais em relação aos quais os diferentes sujeitos desenvolvem suas respectivas identidades, se torna num ambiente criativo e propriamente formativo (Fleuri, 2004).
Para finalizar, agradeço o convite permanente dos docentes para a participação activa na educação e na sociedade, através de reflexões pessoais, conscientes, críticas e, não só como meros reprodutores de ensinamentos, de aprendizagens e de vivências! É sem dúvida alguma, um dos factores que tenho a realçar, no inicio do meu percurso académico. Pensar não significa que reflectimos sobre aquilo que fazemos, que sentimos, que vivenciamos e, a maior parte das vezes nem nos damos conta disso...somos simplesmente actores passivos (sobre)vivendo numa encenação da sociedade “global”. Através do acto de reflexão e com este, somos capazes de inferir mudanças de pensamento, de atitude e adaptação, que viabilizam o verdadeiro crescimento e desenvolvimento humano e social! Factores decisivos e cada vez mais necessários, para fazer face ao desafio das constantes solicitações e problemáticas sociais.
Margarida Correia ( 1º ano – Pós laboral)

domingo, 10 de maio de 2009

Socializar por aí...

Crónica

Festejou-se mais um 1º de Maio marcado pela crise económica e pelo pavor provocado pela gripe suína. Foi a celebração do Dia do Trabalhador, num tempo de crise, em que, cada vez mais, há pessoas sem razão para festejar esta data, por estarem desempregadas, face à crise em que vivemos. Dizer crise é dizer progressão de incertezas. Se os profetas podem profetizar e os videntes podem ver, os diagnosticadores já não são capazes de diagnosticar. Edgar Morin, no livro As grandes questões do nosso tempo (1999) referia que “O presente está em risco. O planeta vive, cambaleia, gira, arrota, é sacudido por soluços e peida-se sem se preocupar com o futuro”(p. 49). De facto, nós, não nos podemos alhear do que se passa à nossa volta se queremos compreender o nosso tempo e o nosso mundo. Apesar de bombardeados por tanta informação sobre a crise, sobre a gripe dos porcos, sobre o desemprego, sobre a violência, a verdade é que os media, por vezes, em vez de esclarecimento parecem provocar é desorientação e confusão. Mas isto não quer dizer que não vivamos um tempo de profundo desconforto sobre o que está a acontecer um pouco por todo o mundo e, em particular, em Portugal. Estamos numa espiral negativa provocada por excessos, por ganância, por corrupção, por incompetência dos “nossos” políticos que não foram capazes de evitar a situação de instabilidade económica, financeira, social porque estamos passando… uns mais que os outros, estou a referir-me ao número de desempregados que cresce assustadoramente no nosso país e, consequentemente, aos milhares de pessoas que continuam, dia após dia, a engrossar as fileiras dos pobres em Portugal.
Aproxima-se um tempo de eleições, o que devemos esperar?… a desilusão é tão grande que temos dificuldade em acreditar que tenhamos políticos capazes de tomar as decisões certas e urgentes para mudar o rumo dos acontecimentos. A desconfiança é grande porque alguns dos “nossos” políticos parecem ser unicamente motivados pela ambição, pela sede de poder, em vez, da dedicação à comunidade, ao desenvolvimento, à justiça social, à vontade de construir um “mundo” mais equilibrado e justo.
Voltando a Edgar Morin e ao seu livro As grandes questões do nosso tempo (1999), o autor referia que o mais impressionante em política é o desvio da acção pois todas as artes têm produzido maravilhas, só a arte de governar parece produzir apenas monstros. António Aleixo, o “nosso” poeta popular algarvio mais carismático, famoso pela sua ironia e pela crítica social, dizia num dos seus versos “ E vós que do vosso império, prometeis um mundo novo, cuidado que pode o povo, querer um mundo novo a sério”. A verdade é que a culpa não pode morrer solteira, os “nossos” futuros governantes não podem continuar com promessas eleitoralistas e dar-nos mais do mesmo, deixando que continuemos na mesma ou ainda pior. Uma última referência a Edgar Morin que referia no seu texto Rumo ao Abismo, que o caos em que a humanidade corre o risco de mergulhar comporta, ainda, uma última oportunidade, pois, quando um sistema é incapaz de resolver os seus problemas vitais, ou se desintegra, ou, então, é capaz de transformar-se num metasistema mais rico, capaz de buscar soluções para esses problemas. Essa terá que ser a nossa esperança, não o abismo, mas uma mudança de paradigma, uma mudança ao nível da acção política, ao nível de políticos mais competentes, com outra mentalidade, inspirados na justiça social, na dedicação à causa pública, às pessoas, a uma nova realidade social, económica, financeira, cultural. Temos que acreditar que a mudança é possível, mas, para tal, será importante o nosso compromisso com a mudança, participando… como podemos e sabemos.
Joca
[esta crónica foi lida no programa de 7/4]

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Morreu Augusto Boal.....

O Oprimido no palco da vida
O que há de mais coincidente entre Paulo Freire e Augusto Boal não é a data de morte nem a história política de ambos que, perigosos ao estado militar ditatorial, obrigou-os a exilarem-se por anos. O que mais aproxima esses dois notáveis brasileiros também não foram os inúmeros prêmios que receberam por suas atividades intelectuais nem as indicações de ambos ao nobel da paz. A semelhança maior entre Freire e Boal está na profunda convicção que os fizeram lutar incansavelmente por toda a vida: a causa dos oprimidos.
Exatamente no dia em que se completaram 12 anos de falecimento de Paulo Freire (02 de maio), Augusto Boal nos deixou. Mas, a exemplo de nosso maior educador, o fundador do Teatro do Oprimido deixou-nos também um legado de esperança. Sua arte nunca foi mera alegoria da vida ou um sentido em si mesmo. Para Boal, a Estética do Oprimido é, antes de tudo, uma ferramenta de intervenção social. Em uma de suas últimas falas públicas, no mês de março deste ano, por ocasião da cerimônia em que foi nomeado embaixador do teatro pela Unesco, Boal afirmou que "cidadão não é aquele que vive em sociedade, mas, aquele que a transforma". Disse também que "temos a obrigação de inventar outro mundo porque sabemos que outro mundo é possível".
Refletir sobre a biografia de Boal, mesmo num momento tão sofrido, sobretudo para as pessoas mais próximas de seu convívio, é celebrar a vida. É insistir no caminho da mudança a partir e com os mais sofridos. Boal, com certeza, é um desses homens imprescindíveis de que falava Bertolt Brecht. Suas raízes, que já penetraram terras de todos os continentes com tantos núcleos do Teatro do Oprimido espalhados pelo mundo, são a prova social da radicalidade de sua arte profundamente humana e, por isso mesmo, revolucionária.
Aos parentes, amigos, amigas e admiradores de Augusto Boal, manifestamos nossas condolências e expressamos a certeza de que sua presença se eternizará tanto na memória quanto nas práticas sociais que se inspiram em sua valiosa obra.
Instituto Paulo Freire

terça-feira, 5 de maio de 2009

Voluntários...precisam-se

Durante os dias 19 a 25 de Maio realiza-se no concelho de Olhão a 1ª Semana do Bebé. Uma iniciativa promovida pelo Centro de Saúde de Olhão. Precisam-se voluntários para apoiar as actividades a realizar...

Dança Oriental - Aceitam-se inscrições

O Grupo Amador de Dança Oriental de Fusão do Núcleo do Algarve do Instituto Paulo Freire de Portugal convida as alunas do Curso de Educação Social a integrar este Projecto. Novas dançarinas precisam-se... As aulas são orientadas por Isabel Feio e Lívia Dioníso. O pagamento mensal é de 12 euros. Meninas apareçam!!!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Socializar por aí...

Crónica
Corrupção ou favorzinhos?
A corrupção parece ser um assunto central da ordem do dia, apontada como categoria central na análise das situações de numerosos países do mundo. Em Portugal, fala-se da corrupção nos mais numerosos contextos. Na política (tomada na sua generalidade), não só pelos muitos casos semelhantes ao friporte, mas também pelos jobs for the boys, ou outras metáforas que põem a vida política no centro da nossa desconfiança. No futebol, graças a uns apitos sonantes de cobertura duvidosa, a uns tantos envelopes, a um punhado de arbitragens desastradas, a subidas e descidas de divisão decididas nas secretarias, já excluindo sumaríssimos de vários tipos ou outras diversões que vendem jornais e nos animam os pequenos-almoços e as bicas, tomadas à pressa no café da esquina.
A justiça é talvez o sector mais apontado e badalado de toda a sociedade portuguesa. Ainda temos na memória o tristíssimo processo KasaPia, todos os circos mediáticos que o rodearam e a estranheza de vermos que não raras vezes os réus com dinheiro conseguem, através de advogados caros e barrigudos, transformar as vítimas em malandros, ao mesmo tempo que se vão safando, processo após processo, com um ar de convicção impune e uns pós de santice gordurosa – para logo voltarem à barra dos tribunais, exigindo reparações monetárias chorudas ao Estado que os vilipendiou. Mas, claro, também nos ficam na memória os autarcas todos que, acusados de toneladas de irregularidades, não só enfrentam os tribunais de peito feito, como vão e vêm do Brasil à velocidade de um cometa, para usarem a sua mais recente popularidade para ganharem as eleições autárquicas num ápice. Para o povo, se eles são acusados, é porque são inocentes e há, seguramente, uma teia de conspiração à sua volta que tem que ser vingada. E de igual modo, ninguém minimamente atento pode deixar de ficar assustado quando percebe que os pobres não conseguem enganar a justiça em Portugal. Não… nesta situação a justiça tem mão pesada, usando os desgraçados que caíram nas suas teias, inocentes ou culpados, como uma demonstração cabal de que na justiça portuguesa há culpados, afinal. Uns quantos vão mesmo passar uns anos à pildra – e assim se vão enchendo as prisões de pessoas pobres que, no meio ou no fim das suas penas e graças a um sistema de reabilitação anedótico e quase inexistente, apenas ficam mais pobres e, se não eram antes, certamente aprenderam a ser criminosos como hóspedes encarcerados do estado português. Em suma, se a justiça, para os pobres, aparece como um senhor idoso sisudo e austero, para os ricos aparece como um adolescente borbulhoso, parvinho e desengonçado. Viva a ética, a boa moral e os costumes, é fartar vilanagem!
Mas se sabemos tudo isto, fica-nos depois na boca o amargo final. Quero dizer, será possível que o mundo todo seja corrupto à nossa volta… menos nós? Todos parecem ter a sua quota-parte de responsabilidade neste cenário caótico… e nós, santinhos assexuados, vítimas eternas de um Estado vilão e predador, por aqui andamos ó tia ó tia, passeando a nossa pureza imaculada no meio de um mundo a cair aos bocados. Sinceramente, não me convence. Por isso queria terminar falando de uma forma de corrupção que, no meu entender, é muito frequente em Portugal e, além disso, é terrível porque insidiosa. É a corrupção que se mascara no quotidiano de muitos outros nomes, aquela que o povo e o senso comum acha que é desculpável, porque nunca claramente identificada como corrupção. Nós, os santinhos, telefonamos a um amigo a dizer-lhe que o nosso rapaz é bom moço e se o lugarzinho ainda está disponível… ou enviamos um email ao director da instituição x, para que veja com bons olhos a candidatura y; ou perguntamos a alguém qual é a pessoa certa para chatear; ou recomendamos amigos sob o pretexto de que, nas organizações, as formas de recrutamento são todas incertas e falíveis e apenas o conhecimento prévio e personalizado de alguém, nos garante que não contratamos um maluco aprazado, uma bomba relógio andante ou um palhaço que vai contaminar rapidamente os restantes artistas, mentes sensíveis no circo de feras em que vivemos. Este é o mundo gigante da cunha, do jeitinho, do favor e do favorzinho, do golpezinho de rins, do acerto e do saltinho a mais, do impulso aos jovens desempregados… é o nosso mundo, no qual colaboramos activamente, porque não temos coragem de colocar o bem comum das nossas instituições acima de valorzinhos de trazer por casa, porque ele há coisas que não se negam a ninguém e jeitinhos que se fazem a um bom amigo – mas que não são, decididamente, corrupção, palavra feia e forte que nunca esteve nem estará no nosso vocabulário, nem tampouco nas nossas práticas, não, credo, ai Jesus! Será que não entendemos que daí aos eventuais friportes a distância é nenhuma? Também eles, os que fizeram alguma irregularidade choruda, começaram por fazer favorzinhos aos amigos. E o que fazem agora é só isso – com a diferença que amigos destes têm muitos nomes e, sobretudo, muito dinheiro.
António Fragoso

(Esta crónica foi lida pelo próprio no programa do dia 30/4)