No âmbito da unidade curricular de Educação Intercultural e do Seminário A construção do “Nós” na comunidade educativa: “Aprender com a diversidade”, organizados pelos docentes Cláudia Luísa, Joaquim Arco e Teresa Vitorino e apresentado pela Dra. Isabel Paes, representante e colaboradora da “A.C.I.D.I.”, cumpre-me agora como discente efectuar um exercício de reflexão, sobre o mesmo.
O tema e a problemática só por si, já são por demais interessantes e pertinentes, pois numa sociedade e mundo “globais”, marcados pela diversidade, pela diferença, pela pluralidade de socioculturas, e sejam elas: religiosa, politica, educacional, sexual, ética, etc. …é prioritário e imprescindível (atrevo-me a dizer), que se construam condições e processos identitários socioculturais diferentes, capacitantes de respeitar as diferenças dos indivíduos e das comunidades, promovendo a sua integração e a permuta recíproca de valores, saberes e aprendizagens, sem a subtracção ou anulação das mesmas. Através dos episódios, experiencias e saber partilhado, pela Dra. Isabel Paes neste Seminário no âmbito da educação, vemos que tudo isto é possível e concretizável. Pois em educação e na comunidade educativa - que somos todos “nós”; não existem pirâmides hierárquicas e de poder, todos somos responsáveis, contributos e contribuímos para a progressão, crescimento, valorização e melhoramento da mesma.“Aprender juntos é essencial”. Factor importante e decisivo porém, são as pessoas e as comunidades se encontrarem disponíveis e envolvidas, com vontade pessoal, individual e social, para a construção de projectos de vida, de percursos autónomos e de crescimento em comum. A mudança de paradigma, nada se pode impor na construção de um “Nós”, temos que dar-“Nós” e adaptar-“Nós”. Ao fim ao cabo, é a resposta para enfrentar o desafio da diversidade: a Adaptação.
A construção do “Nós”, num mundo plural e em mutação constante, onde a permeabilização e mobilização das pessoas, é uma realidade constante e quotidiana. Daqui resulta, não ser suficiente incluir, como também necessário integrar, com participação e envolvimento activo e pessoal. Quando se inclui e integra, valorizamos a diversidade, a permuta do saber partilhado numa linha horizontal. Onde todos os intervenientes em educação, sejam eles professores, auxiliares da acção educativa, alunos, pais ou encarregados de educação, todos são igualmente importantes e todos deverão estar envolvidos e “ajudar” na dinâmica da aprendizagem, através da “dialogicidade” de diferentes lógicas, maneiras de estar e sentir. Não posso deixar de referir, que achei curiosas as observações/respostas dadas à Dra. Isabel Paes, no seu trabalho de campo. Passo a citar: “...a escola ensina aqueles que já sabem aprender...” proferida por um aluno duma escola da Buraca, onde decorria um projecto de intervenção social; “...que os professores saibam ouvir e que ouçam os alunos...” proferida por uma menina, filha de um professor na ocasião de uma “Oficina Aberta” na Moita.
A construção do “Nós”, num mundo plural e em mutação constante, onde a permeabilização e mobilização das pessoas, é uma realidade constante e quotidiana. Daqui resulta, não ser suficiente incluir, como também necessário integrar, com participação e envolvimento activo e pessoal. Quando se inclui e integra, valorizamos a diversidade, a permuta do saber partilhado numa linha horizontal. Onde todos os intervenientes em educação, sejam eles professores, auxiliares da acção educativa, alunos, pais ou encarregados de educação, todos são igualmente importantes e todos deverão estar envolvidos e “ajudar” na dinâmica da aprendizagem, através da “dialogicidade” de diferentes lógicas, maneiras de estar e sentir. Não posso deixar de referir, que achei curiosas as observações/respostas dadas à Dra. Isabel Paes, no seu trabalho de campo. Passo a citar: “...a escola ensina aqueles que já sabem aprender...” proferida por um aluno duma escola da Buraca, onde decorria um projecto de intervenção social; “...que os professores saibam ouvir e que ouçam os alunos...” proferida por uma menina, filha de um professor na ocasião de uma “Oficina Aberta” na Moita.
Estas frases, levaram a Dra. Isabel Paes a reflectir e constatar que, muitas vezes ocorre um “desaprender” e são notadas e descobertas “faltas ou ausência” da prática de competências, por parte dos agentes de educação – professores; e que noutras ocasiões é-nos difícil ouvir os outros... portanto deduz que, seria impossível aprender com aqueles que não ouvimos...Daqui a importância do trabalho de grupo, do respeito pela diferença e até, pela convivência com a incompatibilidade. Envolver a escola e todos os seus actores, nos processos e projectos – Entrosamento a nível de projecto educativo; é pôr em prática a construção e a aplicabilidade do “Nós”- a mudança de pensamentos. Este sim pode ser considerado o maior desafio: trabalhar com as mudanças sociais, a remoção de barreiras.
Interessante, foi também a dinâmica promovida no seminário, sobre a Identidade e o processo de Cultura, onde fomos todos convidados a reflectir em pequenos grupos e a expor as conclusões. Expondo a “bagagem interior”que cada um transporta consigo, sem que o outro veja ou se aperceba...e a proposta de cada um trabalhar dentro de si e em si, o choque cultural em termos de valores, mergulhando no “iceberg”, ou seja, naquilo que não se vê! A constatação, de que a aprendizagem Intercultural só é útil, quando assume e infere carácter transformador do Eu e do Nós, aumentando conhecimento, construindo competências, rejeitando todas e quaisquer formas de discriminação, promovendo processos de auto-exame, autonomia, equidade e participação. Acrescento ainda com carácter relevante, a descrição e elencamento das competências para a comunicação Intercultural, donde e após várias leituras e reflexão, não consigo destacar nenhuma no essencial, pois só o seu conjunto, faz sentido como ferramenta a possuir e utilizar, quando nos dispomos a contribuir para a mudança de atitudes, perspectivas e mentalidades, visando a Educação para todos, uma responsabilidade do “Nós”. A educação é um processo construído pela relação tensa e intensa entre diferentes sujeitos, criando contextos interactivos que, justamente para se conectar dinamicamente com os variados contextos culturais em relação aos quais os diferentes sujeitos desenvolvem suas respectivas identidades, se torna num ambiente criativo e propriamente formativo (Fleuri, 2004).
Para finalizar, agradeço o convite permanente dos docentes para a participação activa na educação e na sociedade, através de reflexões pessoais, conscientes, críticas e, não só como meros reprodutores de ensinamentos, de aprendizagens e de vivências! É sem dúvida alguma, um dos factores que tenho a realçar, no inicio do meu percurso académico. Pensar não significa que reflectimos sobre aquilo que fazemos, que sentimos, que vivenciamos e, a maior parte das vezes nem nos damos conta disso...somos simplesmente actores passivos (sobre)vivendo numa encenação da sociedade “global”. Através do acto de reflexão e com este, somos capazes de inferir mudanças de pensamento, de atitude e adaptação, que viabilizam o verdadeiro crescimento e desenvolvimento humano e social! Factores decisivos e cada vez mais necessários, para fazer face ao desafio das constantes solicitações e problemáticas sociais.
Margarida Correia ( 1º ano – Pós laboral)
Interessante, foi também a dinâmica promovida no seminário, sobre a Identidade e o processo de Cultura, onde fomos todos convidados a reflectir em pequenos grupos e a expor as conclusões. Expondo a “bagagem interior”que cada um transporta consigo, sem que o outro veja ou se aperceba...e a proposta de cada um trabalhar dentro de si e em si, o choque cultural em termos de valores, mergulhando no “iceberg”, ou seja, naquilo que não se vê! A constatação, de que a aprendizagem Intercultural só é útil, quando assume e infere carácter transformador do Eu e do Nós, aumentando conhecimento, construindo competências, rejeitando todas e quaisquer formas de discriminação, promovendo processos de auto-exame, autonomia, equidade e participação. Acrescento ainda com carácter relevante, a descrição e elencamento das competências para a comunicação Intercultural, donde e após várias leituras e reflexão, não consigo destacar nenhuma no essencial, pois só o seu conjunto, faz sentido como ferramenta a possuir e utilizar, quando nos dispomos a contribuir para a mudança de atitudes, perspectivas e mentalidades, visando a Educação para todos, uma responsabilidade do “Nós”. A educação é um processo construído pela relação tensa e intensa entre diferentes sujeitos, criando contextos interactivos que, justamente para se conectar dinamicamente com os variados contextos culturais em relação aos quais os diferentes sujeitos desenvolvem suas respectivas identidades, se torna num ambiente criativo e propriamente formativo (Fleuri, 2004).
Para finalizar, agradeço o convite permanente dos docentes para a participação activa na educação e na sociedade, através de reflexões pessoais, conscientes, críticas e, não só como meros reprodutores de ensinamentos, de aprendizagens e de vivências! É sem dúvida alguma, um dos factores que tenho a realçar, no inicio do meu percurso académico. Pensar não significa que reflectimos sobre aquilo que fazemos, que sentimos, que vivenciamos e, a maior parte das vezes nem nos damos conta disso...somos simplesmente actores passivos (sobre)vivendo numa encenação da sociedade “global”. Através do acto de reflexão e com este, somos capazes de inferir mudanças de pensamento, de atitude e adaptação, que viabilizam o verdadeiro crescimento e desenvolvimento humano e social! Factores decisivos e cada vez mais necessários, para fazer face ao desafio das constantes solicitações e problemáticas sociais.
Margarida Correia ( 1º ano – Pós laboral)
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