sábado, 1 de março de 2008

Hoje no jornal:


Santa Casa da Misericórdia de Loulé:

Um envelhecimento activo e saudável


Somos um grupo de três alunas do curso de Educação Social, da Escola Superior de Educação, da Universidade do Algarve e, no âmbito das unidades curriculares de Prática I e II, encontramo-nos a desenvolver as nossas práticas na Santa Casa da Misericórdia de Loulé.
O edifício da Santa Casa da Misericórdia de Loulé situa-se na Rua Teixeira Gomes, freguesia de São Clemente, tendo sido inaugurado em 1995. Possui seis pisos, nos quais funcionam actualmente todos os serviços que presta. Esta instituição possui quatro valências: o Lar, o Centro de Dia, o Serviço de Apoio Domiciliário e o Serviço de Apoio Domiciliário Integrado (acordo que a Santa Casa da Misericórdia de Loulé estabeleceu com o Centro de Saúde local).
Queremos dar a conhecer, aos leitores deste jornal, o tipo de apoio que a
Santa Casa da Misericórdia de Loulé presta aos seus utentes e partilhar convosco a experiência que tem sido, para nós, realizar práticas neste local.
Escolhemos a Santa Casa da Misericórdia de Loulé para desenvolver as nossas práticas, por esta ser uma instituição que pretende
combater, essencialmente, a solidão, o isolamento e a exclusão da população idosa mais carenciada, prestando-lhe serviço social no concelho de Loulé. Também o nosso interesse em trabalhar com a população idosa contribuiu decisivamente para a nossa decisão.
A Santa Casa da Misericórdia de Loulé actua como facilitadora na integração dos idosos em geral, uma vez que se acentua, cada vez mais, a falta de tempo por parte dos familiares e/ou amigos para com os mesmos, bem como em situações de idosos que não têm quaisquer familiares.
Foi-nos solicitado a realização de um diagnóstico, bem como a construção de um Projecto de Educação Social, para dar resposta às necessidades dos utentes da Santa Casa da Misericórdia de Loulé. Desta forma, e após a elaboração deste
diagnóstico, detectámos algumas problemáticas, nomeadamente a falta de participação e interesse dos utentes relativamente às actividades desenvolvidas pela Santa Casa da Misericórdia de Loulé.
É neste sentido, que a animação se torna o centro das prioridades nestas instituições de acolhimento, pois contribui para a preservação da autonomia dos seus utentes, para a comunicação entre os mesmos e para a sua participação em actividades de animação. Como tal, pretendemos desenvolver actividades sócio-educativas, de forma que os desperte, que os motive e que influencie a sua vontade em participar, sem exercer qualquer tipo de obrigação sobre os mesmos. Pretendemos, também, estabelecer com os utentes um clima de confiança, ajudando-os a superar os seus receios e inseguranças, já que a partir do momento em que o idoso se sente mais à vontade, mais facilidade terá em participar nas actividades propostas por nós.
Até ao momento, foi-nos possível percepcionar a relação próxima que os funcionários mantêm com os utentes da instituição. Como futuras educadoras sociais, julgamos ser importante manter este tipo de relação, uma vez que, para muitos utentes, estes são a sua única família.
Não queremos terminar, sem deixar de referir a forma como todos os elementos da instituição, incluindo os utentes, nos acolheram desde o primeiro momento, tendo este facto contribuído para o bom desenrolar do nosso trabalho.
Pretendemos que a realização deste trabalho, nos ajude a alcançar alguma autonomia, como futuras educadoras sociais, através do trabalho desenvolvido no terreno, partilhando saberes e experiências, tanto da parte dos utentes como do corpo técnico da Santa Casa da Misericórdia de Loulé.

Cláudia Almeida, Marta Almeida e Margarida Luz


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